Eletroencefalograma: quando e como ele deve ser feito?

por | fev 22, 2022 | Dor de cabeça, Neurologia

O eletroencefalograma (EEG) é um exame que, através de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo, verifica a atividade elétrica cerebral espontânea.

É um exame de ampla aceitação médica, porque permite o monitoramento cerebral de forma não invasiva. 

Ele pode ser usado para o diagnóstico de eventuais anormalidades cerebrais, como em doenças psiquiátricas, neurológicas, degenerativas ou infecciosas. 

Quando o eletroencefalograma é indicado

  • Epilepsia ou suspeita clínica da doença;
  • Casos de perda de consciência (desmaios e confusão mental);
  • Tumores e lesões cerebrais;
  • Hemorragia ou edema cerebral;
  • Cefaleias constantes;
  • Verificação de doenças degenerativas;
  • Suspeitas de alterações da atividade elétrica cerebral;
  • Avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (infecciosas, degenerativas) e psiquiátricas.

Contra-indicações

Como é um exame não invasivo, não existem contra-indicações absolutas. Ele pode ser feito em qualquer pessoa e em qualquer idade.

Porém, ele pode ser contra-indicado em casos de seborreia excessiva, lesões de pele com infecção no couro cabeludo ou pediculose, já que tais quadros podem interferir ou dificultar a realização do exame. Devendo ser reagendado quando houver melhora do quadro. 

Orientações para a realização do exame

  • A pessoa deve estar alimentada, porque o jejum interfere na atividade cerebral.
  • O couro cabeludo deve estar limpo e seco, sem gel ou creme, para permitir melhor fixação dos eletrodos.
  • Quando se trata de um EEG em sono, é necessária a privação de sono na noite anterior. 
  • Tomar normalmente os medicamentos de uso habitual. Caso haja necessidade de parar com algum medicamento, o médico avisará com antecedência. 

Técnica do exame

O EEG é realizado com o paciente deitado em um ambiente confortável, silencioso e com baixa luminosidade. São colados eletrodos no couro cabeludo, com o auxílio de uma pasta condutora que vai fixá-los e permitir a condução adequada dos sinais elétricos do cérebro.

Primeiramente, o registro espontâneo da atividade cerebral é feito em vigília, com o paciente acordado. Quando possível, o registro também é feito durante a sonolência e o sono. 

Após o registro espontâneo, são feitas provas de ativação, um método que vai aumentar a sensibilidade do exame, podendo detectar alterações específicas que podem ser provocadas por essas provas de ativação. Elas são:

  1. Fotoestimulação intermitente: 

É colocada em frente ao paciente uma luz que produz flashes de luz em frequências variadas.

  1. Hiperpnéia:

O paciente deve realizar respirações profundas, repetidas e rápidas por alguns minutos. 

Tempo de realização do eletroencefalograma

O EEG normalmente dura de 20 a 30 minutos. Em alguns casos de falta de colaboração do paciente, principalmente em crianças, pode ser necessária a realização de uma sedação leve. Assim, o exame será feito durante o sono induzido. 

O prazo de entrega é de dois a sete dias. 

Complicações durante a realização do exame

Normalmente não há riscos relacionados ao exame. O que pode acontecer é que alguns pacientes podem apresentar crise epiléptica durante as provas de ativação. 

Por isso, consulte sempre com profissionais de confiança e tire todas as suas dúvidas antes de realizar o exame. Assim, ficará mais seguro quanto às possíveis complicações. 

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