A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune. As células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. A doença não tem cura, mas tem tratamento e pode ter os sintomas amenizados.
Em geral, as estatísticas mostram que as mulheres jovens, na faixa dos 20 aos 40 anos, costumam ser as mais afetadas pela EM. A doença se caracteriza pela perda de mielina, uma substância que leva o impulso nervoso a percorrer os neurônios, gerando interferência na transmissão dos impulsos elétricos e resultando nos diversos sintomas da doença.
Esse processo é chamado de desmielinização. É complexo pois, a mielina percorre todo o sistema nervoso, o que amplia o campo de atuação da EM.
Existem quatro tipos de Esclerose Múltipla.
EMRR – Esclerose Múltipla Remitente recorrente
É o tipo mais comum, abrangendo 85% dos casos no Brasil, se caracteriza por surtos que duram dias ou semanas e, em seguida, desaparecem.
EMPP – Esclerose Múltipla Progressiva primária
Corresponde a 10% dos casos brasileiros, de acordo com um mapa da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Asbem). Apresenta uma progressão de sintomas e sequelas desde o seu aparecimento.
EMSP – Esclerose Múltipla Progressiva secundária
É uma evolução do primeiro tipo (EMRR), onde há piora lenta e progressiva.
EMPF – Esclerose Múltipla Progressiva recorrente
Se caratacteriza por surtos progressivos e nítido avanço das incapacitações.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Asbem) ainda descreve que Esclerose Múltipla:
- NÃO é uma doença mental.
- NÃO é contagiosa.
- NÃO é suscetível de prevenção.
- NÃO tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os efeitos e desacelerar a progressão da doença.
Sintomas mais comuns
Fadiga, alterações fonoaudiológicas (fala e deglutição), visão embaçada, perda de equilíbrio, tremores, vertigens e náuseas, falta de coordenação, espasticidade, transtorno de memória e concentração, além de afetar o emocional (humor, depressão, manias) e a causar disfunções sexuais.
Tratamento da Esclerose Múltipla
Os medicamentos utilizados na Esclerose Múltipla devem ser indicados pelo médico neurologista que vai analisar caso a caso. É ele quem vai orientar também sobre terapias complementares, neurorreabilitação, terapias de apoio e uso de medicações recém-lançadas no mercado.